
Dia de domingo
Enfim Domingo!
Dia de acordar meio sem querer;
de ter compromissos e esquecer.
Dia de ficar na cama com seu bem-querer,
de entregar-se à preguiça e de novo adormecer.
Dia de sonhar pela manhã
pedir ao sol para nascer depois do meio-dia
ter para ler um livro de poesia
ler mensagens de todo dia,
e não respondê-las é tudo que eu queria.
Dia de escrever versos livres,
ignorar a métrica da realidade,
de relembrar domingos de verdade,
entregar-se à ociosidade
e deixar a preguiça bem à vontade.
Dia de voltar a ser criança
ler quadrinhos de cowboys
brincar de circo embaixo dos lençois
ser domador e palhaço só pra nós
e sem platéia rir contigo a sós
Dia de esquecer-se da cozinha
de matar a fome com qualquer coisinha
de tomar sopa de entulho à noitinha
deixar a tv falando sozinha
e imaginar que hoje és só minha.
Que bom a gente poder se dar a esse luxo, perdão, a necessidade do descanso. Apesar de ser tida como um dos sete pecados capitais, a preguiça a que me refiro aqui não é exatamente o desleixo ou indolência, mas ao direito ao descanso, ao direito de não fazer nada de vez em quando. Mas só de vez em quando – por isso é tão gostoso. É muito bom quando a gente pode fazer isso, não é? Mesmo que apenas por umas poucas horas, para recarregar as baterias.
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